Com nova lei, Chile e Equador são os únicos países latinoamericanos a aprovar a semana recomendada pela Organização Internacional do Trabalho
O Congresso chileno aprovou uma redução da jornada semanal de trabalho de 45 horas para 40 horas. Junto do Equador, o Chile passa a ser o país latinoamericano com a menor jornada profissional e aprovada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). No Brasil, a CLT prevê 44 horas.
De acordo com a nova lei chilena, sancionada pela Câmara dos Deputados ontem (11), a redução será gradual em um prazo de cinco anos. No início, um ano depois da sua aplicação, serão 44 horas semanais; em 3 anos, 42 horas, e depois de 5 anos, a jornada de trabalho no país será de 40 horas.
A proposta também contempla a possibilidade de trabalhar quatro dias da semana – em vez dos atuais cinco dias laborais – e fazer até cinco horas extras por semana – hoje, podem ser feitas até 12 horas extras semanais.
Além do Chile, recentemente, nações e empresas estão testando e, muitas delas, aprovando modelos de trabalho diferentes, com jornadas e semanas mais curtas, por exemplo. Estudos recentes mostram que reduzir a jornada traz benefícios tanto para o negócio quanto para os funcionários e sua saúde mental.
Das 61 empresas que participaram do estudo 4 Day Week Global em parceria com a organização de pesquisa Autonomy, 56 decidiram continuar testando a semana de trabalho de quatro dias aplicada no projeto-piloto, com 18 delas decidindo tornar isso permanente.
Um estudo divulgado no final do ano passado e conduzido por pesquisadores nas Universidades de Boston, Dublin e Cambridge analisou mais de duas dúzias de empresas que instituíram a semana de trabalho de quatro dias em um projeto piloto. O resultado foi animador: a maioria teve aumento nas vendas, menos burnout e menor ociosidade de seus funcionários, descobriu um novo estudo.
Fonte: Forbes Brasil.